— Eu te odeio.
— Odeia mesmo?
— Odeio tudo em você.
— Por que? — Sorriso.
— Porque você é irritante.
— Eu sou irritante, por que?
— Porque você bagunça o meu cabelo toda hora, me liga antes de dormir e não fala nada. E ainda me faz cócegas, só pra eu morrer de tanto rir.
— Mas eu sei que você adora tudo isso.
— Eu não adoro. — Risadas.
— Eu sei que você não me odeia, tá? — Gargalhadas.
— Odeio tudo em você; Principalmente esse seu jeito bobo, idiota, meio atrapalhado de ser. E essas suas manias. Você é tão chato.
— Nossa. Tá bom.
— Você está lindo hoje. — Sorriu.
— Você está mais ainda. — Mexe no cabelo dela.
— Ainda me odeia?
— Odeio, e muito.
— Eu… te amo.
— Eu também.
— Me ama?
— Eu te amo, e te odeio só por me fazer te amar tanto assim. — Sorrindo.
“Tenho uma parte que acredita em finais felizes, em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado. Tenho uma metade que mente, trai, engana. Outra que só conhece a verdade. Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. Outra que sobrevive sozinha, metade auto-suficiente.”